Amamentação e Inteligência
O artigo "Amamentação e inteligência: uma revisão sistemática e meta-análise" foi publicado na Acta Paediatrica em novembro de 2015 e busca evidenciar a associação entre aleitamento materno e a performance em testes de inteligência.
De acordo com os autores, que fazem parte do grupo de estudos das coortes de Pelotas, através de 18 estimativas dos 17 estudos empregados foi possível concluir que crianças que foram amamentadas com leite materno obtiveram resultados mais elevados em testes de inteligência (diferença média de 3.44 pontos) em comparação a crianças que receberam fórmulas alimentares. Esse efeito benéfico da amamentação com leite materno pode estar associado à própria composição do leite, que apresenta uma maior concentração de ácidos graxos, tais como ácido araquidônico (ARA) e ácido docosahexaenóico (DHA), os quais estão positivamente associados com o desenvolvimento cerebral.
O artigo conclui que esse estudo sugere uma relação causal entre a amamentação com leite materno e a melhor performance em testes de inteligência, destacando que o quociente de inteligência (QI) materno, um dos fatores de confusão previamente levantados em outros estudos, foi considerado, mas que o ganho na performance dos testes de QI ocorreu mesmo entre os estudos nos quais esse fator foi controlado.
Assim, além dos benefícios a curto prazo promovidos pelo aleitamento materno, tais como redução da mortalidade e da morbidade por doenças infecciosas, é importante considerar as consequências a longo prazo na saúde e desenvolvimento da criança.
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Texto: Camila Cunha Carvalho