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Esforço Respiratório

 

Mãe traz seu filho de 4 meses à emergência queixando-se de que seu filho está com dificuldade para respirar. Ela relata que há 3 dias o paciente iniciou com coriza e tosse e hoje teve febre de 38º. Mãe notou também diminuição do apetite do bebê.  O paciente é previamente hígido, nasceu à termo, nunca havia sido internado e não toma nenhuma medicação de uso contínuo. Mãe nega alergias e refere que as vacinas estão em dia. O bebê começou a frequentar a creche há 2 semanas. Quando perguntada sobre a história familiar, mãe refere que ela tem rinite alérgica e que o pai do bebê teve asma quando criança. Mãe não tem outras queixas.

 

Ao exame, você percebe que o paciente está gemente, apresenta tiragem subcostal e FR de 60 mrpm. Além disso percebe grande quantidade de secreção nasal hialina e sibilos difusos à ausculta pulmonar. Você solicita um Raio X de tórax, que vem com a imagem abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Perguntas:

 

1. Qual a principal hipótese diagnóstica?

 

2. Qual a etiologia?

 

3. Qual a conduta a ser tomada?

 

4. Quais os fatores de risco para severidade da doença?

 

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Respostas:

 

1. A principal hipótese diagnóstica é bronquiolite viral aguda.

 

    A bronquiolite é uma infecção do trato respiratório inferior que acomete principalmente os bronquíolos. Ela atinge crianças menores de 2 anos de idade e se características por sintomas do trato respiratório superior (rinorreia, por exemplo), seguidos de inflamação do trato respiratório inferior, com sibilos e/ou roncos. 

 

2. A bronquiolite é causada tipicamente por uma infecção viral. O agente etiológico mais comum é o Vírus Respiratório Sincicial, mas rinovírus, influenza, parainfluenza e adenovírus, entre outros, também podem provocar a doença.

 

3. A bronquiolite é, em geral, uma doença autolimitada, e o tratamento é de suporte. Oxigênio suplementar deve ser oferecido para aquelas crianças com sinais de desconforto respiratório (FR>70, cianose, tiragem furcular ou subcostal e batimento de asa de nariz). A fisioterapia respiratória não demonstrou benefícios e, portanto, não deve ser realizada. Os broncodilatadores inalatórios em geral não estão indicados, porém podem ser necessários em crianças com quadros mais graves.

 

4. Prematuridade (idade gestacional < 37 semanas); idade menor que 12 semanas, doenças pulmonares e neurológicas crônicas, cardiopatia congênita, malformações da via aérea e imunodeficiência.

 

 

Referência: uptodate

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