Caso Clínico - Estridor Inspiratório

 

Lactente de 1 ano é trazido na madrugada à emergência pediátrica após ter iniciado quadro de dificuldade respiratória. A mãe conta que há dois dias a criança estava com sintomas gripais, mas nas últimas horas começou com dificuldade para respirar, além de fazer barulho para inspirar e ter uma tosse estranha.

Ao exame físico, você identifica estridor inspiratório, tosse metálica e tiragem subcostal leve. Apesar disso, o lactente encontra-se em bom estado geral.

 

 

Qual a principal hipótese diagnóstica?

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Laringite aguda (laringotraqueobronquite infecciosa aguda, ou crupe).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Qual a etiologia dessa doença?

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Predominantemente viral: parainfluenza tipo 1 na maioria, sendo também possível identificar casos de parainfluenza 2 e 3, VSR, influenza, coronavírus, entre outros.

 

Qual o tratamento?

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O tratamento da angústia respiratória deve ser prioritário. É importante manter a criança tranquila, pois a agitação tende a piorar os sintomas.

Nebulização com epinefrina racêmica, 0.05 mL/kg por dose (máximo de 0.5 mL) de epinefrina a 2,25% em 3mL de soro fisiológico a cada 20 minutos.

Corticosteroides: dexametasona oral em dose única de 0,6mg/kg.

 

 

Historicamente, qual o principal diagnóstico diferencial da laringite aguda?

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Devemos fazer o diagnóstico diferencial com a epiglotite, apesar de esta doença ter se tornado rara após a introdução da vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B.

 

Veja o quadro abaixo diferenciando as duas doenças.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outros diagnósticos a serem considerados são:

Abscesso periamigdaliano ou retrofaríngeo;

Aspiração de corpo estranho;

Reação alérgica;

Lesão de via aérea superior;

Malformação de via aérea;

Difteria laríngea.

 

 

 

Fontes:

UpToDate

KLIEGMAN, Robert M. et al. Nelson Tratado de pediatria. 18. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.