
Curvas de Crescimento
O estado de nutrição e o crescimento de crianças e adolescentes podem ser acompanhados a partir das curvas de crescimento, um instrumento fundamental para se avaliar os parâmetros normais, visto que o desenvolvimento harmonioso é essencial para uma vida adulta saudável. Para elaborá-las, a Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou um estudo multicêntrico entre 1997 e 2003, publicando em 2006 as curvas de crescimento (WHO Child Growth Standards) e, em 2007, as curvas para a faixa etária dos 5 aos 19 anos (WHO Reference 2007).
Interpretação:
O que é um percentil? É cada uma das 100 partes iguais de um conjunto estatÃstico ordenado. Assim, se o pediatra indicar que o seu filho está na curva 25 da altura, por exemplo, tal significa que, em 100 crianças saudáveis com a idade e sexo do seu filho, 75 serão mais altas e 24 serão mais baixas do que ele.
Mais importante do que a comparação de uma criança com a média estabelecida pela curva, é a proporção entre os valores e a sua evolução, pelo que o pediatra irá verificar se os vários percentis do bebé, sobretudo o peso e a altura, estão adequados entre si e se são equilibrados ao longo do tempo, embora sejam normais acelerações e desacelerações.
O erro mais comum entre os pais é preocuparem-se por o filho estar num percentil baixo, como se tal fosse sinal de risco para a saúde. Na verdade, apenas para percentis acima do 97 ou abaixo do 3 há maior probabilidade (e não certeza) de doença. Da mesma forma, comparações com outras crianças, mesmo que sejam os irmãos, são inúteis, já que o importante é que a curva da própria criança seja mais ou menos paralela à média, seja acima ou abaixo dela.
Texto: Camila Cunha Carvalho
Referências:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf
http://www.who.int/childgrowth/standards/en/
http://nutricao.saude.gov.br/docs/geral/curvas_oms_2006_2007.pdf
http://www.saudecuf.pt/MaisReceita/Curvasdepercentiscomointerpretar/6388




