Gastroenterite Aguda
A gastroenterite aguda é uma infecção intestinal com sintomas caracterizados por diarreia aquosa, cólicas abdominais, náuseas ou vômitos, e febre, os quais podem aparecer de forma isolada ou em associação. Sua causa mais comum é viral, sendo que esses quadros virais podem estar acompanhados de quadros respiratórios com sintomas como coriza, dor de garganta e tosse.
O contato com uma pessoa contaminada, ou a ingestão de água ou comida contaminada são as formas mais fáceis de desenvolver uma gastroenterite viral, sendo que uma pessoa saudável normalmente se recupera sem complicações. Entretanto, em alguns grupos tais como lactentes, idosos e imunodeprimidos, complicações podem ocorrer, podendo causar até mesmo mortes.
Os principais vírus causadores de gastroenterite são: Rotavirus, Adenovirus, Astrovirus, Calicivirus e Picornavirus. Não existe um tratamento específico para o vírus. O objetivo do tratamento é o alívio dos sintomas e a prevenção da desidratação, a qual pode ocorrer devido às perdas de líquido nas fezes e vômitos e pela baixa ingestão via oral.
O alívio dos sintomas é realizado com medicamentos para combater a dor, a febre e os vômitos, conforme prescrição médica. Para prevenção da desidratação está indicada oferta frequente de líquidos por via oral.
O médico deve ser prontamente procurado em casos nos quais as crianças apresentem os seguintes sintomas: febre maior ou igual 38.9°C, letargia e irritabilidade, desconforto e dor intensa, fezes sanguinolentas, sinais de desidratação. Em casos de bebês, o atendimento médico deve ser procurado caso haja sintomas como: vômitos com duração de várias horas, diminuição do volume urinário (não teve uma fralda molhada em 6 horas), fezes com sangue ou diarreia severa, fontanela deprimida, boca seca e choro sem lágrimas, está incomumente sonolento e irresponsivo.
O diagnóstico é baseado na anamnese e no exame físico. A maioria das crianças com diarreia aguda não necessitam realizar exames, mas em casos especiais com evolução grave, comprometimento do estado geral, imunodeprimidos ou em surtos em berçários e creches podem ser realizados. Testes laboratoriais não são recomendados de rotina, incluindo a pesquisa específica para patógenos, tais como pesquisa fecal para rotavírus, protozoários ou coprocultura. Outros exames complementares como: hemograma, dosagem sérica de eletrólitos e gasometria venosa podem ser úteis em pacientes com desidratação moderada a grave.
Texto: Camila Cunha Carvalho
Referência:
