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Suporte Básico de Vida em Pediatria

 

O suporte básico de vida visa à realização precoce de manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP), o que é essencial para garantir a sobrevida das crianças que sofreram uma parada cardiorrepiratória. As técnicas de reanimação em bebês e crianças são um pouco diferentes das técnicas do adulto. Sendo assim, é importante ter em mente os principais pontos da RCP em Pediatria:

 

Técnica Básica:

A corrente de atendimento é a mesma do adulto.

Primeiro deve-se buscar a segurança da cena.

Depois, identificar a parada cardiorrespiratória observando-se que o paciente não responde e não está respirando ou está gaspeando.

Em terceiro lugar, deve-se acionar o socorro, solicitando um desfibrilador externo automático, se houver, e ligando para o SAMU (192).

A seguir, checa-se o pulso do paciente (apenas profissionais de saúde e pessoas treinadas devem checar o pulso).

Por fim, se não houver pulso, deve-se dar início às compressões torácicas, que devem ser feitas na metade inferior do esterno, logo abaixo da linha intermamilar, na frequência de pelo menos 100 compressões por minuto. Deve-se comprimir no mínimo 1/3 do diâmetro anteroposterior do tórax, permitindo retorno total da parede torácica entre as compressões.  

Caso o socorrista seja treinado, ele deve realizar também ventilações com duração de 1 segundo após realizar a manobra de desobstrução da via aérea (anteriorização da mandíbula). Durante a ventilação, o tórax do paciente deve se expandir. 

 

Lembre-se: a sequência da RCP é a mesma para todas as faixas etárias: C-A-B, onde C é a circulação (compressões torácicas), A é o manejo da via área (airway, no inglês), e B é a ventilação (breathing, no inglês).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lactentes (Bebês):

A criança é considerada um lactente para as manobras de RCP desde a alta da maternidade até completar 1 ano de vida.

O pulso a ser checado é o pulso braquial.

A técnica de compressões torácicas a ser utilizada é a de dois dedos ou dois polegares.

Já a relação compressões/ventilações deve ser 30:2 no caso de 1 socorrista e 15:2 no caso de 2 socorristas.

A ventilação deve ser feita colocando-se a boca do socorrista sobre a boca e o nariz do bebê (ventilação boca/boca-nariz).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Crianças:

Para as manobras de RCP, são considerados criança todos aqueles maiores de 1 ano e que ainda não entraram na puberdade.

O pulso a ser checado é o pulso carotídeo ou femoral.

A ténica das compressões torácicas a ser utilizada é a de 1 mão e a relação compressões/ventilações deve ser 30:2 no caso de 1 socorrista e 15:2 no caso de 2 socorristas.

A ventilação deve ser feita tapando-se o nariz do paciente e colocando a boca do socorrista sobre a boca do paciente (ventilação boca/boca).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Adolescentes:

É considerado adolescente para RCP aquele indivíduo que já entrou na puberdade, sendo definida como presença de brotos mamários (seios) nas meninas e de pelos axilares nos meninos.

Toda a RCP de adolescentes é igual à do adulto, ou seja, o pulso a ser checado é o carotídeo ou femoral; a técnica de compressões é com 2 mãos; e a relação compressões/ventilações é 30:2, independente do número de socorristas.

A ventilação deve ser feita tapando-se o nariz do paciente e colocando a boca do socorrista sobre a boca do paciente (ventilação boca/boca).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Veja abaixo uma tabela que resume os principais tópicos do Suporte Básico de VIda em todas as faixas etárias:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referência: Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. American Heart Association. 2010.

Criado para projeto PID UFCSPA

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