
Baixa Estatura
A baixa estatura das crianças é um motivo de grande angústia para os pais. Assim, vale revisar os principais aspectos dessa apresentação clínica:
A baixa estatura é definida como uma relação de altura para a idade menor do que 2 desvios padrão abaixo da média, ou seja, menor que o percentil 3 (ver imagem abaixo). As causas mais comuns para esse achado são baixa estatura familiar e atraso no crescimento e puberdade, sendo ambas situações não-patológicas, e sim variantes da normalidade. Outras causas para baixa estatura incluem doenças inflamatórias sistêmicas, tais como artrite idiopática juvenil e doença inflamatória intestinal; síndrome de Turner; e deficiências hormonais.
A avaliação inicial de crianças com baixa estatura inclui avaliação da altura potencial (baseada nas estaturas dos pais), cálculo da velocidade de crescimento, determinação da idade óssea e testes laboratoriais para avaliação de doença inflamatória.
Outra causa importante de baixa estatura é a deficiência de hormônio de crescimento (GH). Ela pode ser causada por deficiência do hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH); tumores selares e paraselares; ou, mais raramente, mutações no receptor do GHRH. A fim de avaliar a deficiência de GH, os prinicipais exames a serem feitos são a dosagem sérica de GH e de IGF-1, e o teste de estímulo. Há, ainda, a baixa estatura idiopática. Neste caso, as crianças afetadas não apresentam nenhuma doença hormonal, inflamatória ou metabólica e apresentam uma velocidade de crescimento no limite inferior da normalidade.
O principal tratamento para a baixa estatura é a terapia com hormônio de crescimento. Ela está indicada para crianças com deficiência comprovada de hormônio de crescimento; para crianças com baixa estatura relacionada a doenças renais; baixa estatura relacionada à síndrome de Turner, à síndrome de Noonan e à síndrome de Prader-Willi; crianças com mutação no gene SHOX; e para crianças com baixa estatura idiopática. O tratamento com GH deve ser feito por um endocrinologista pediátrico, sempre que possível, e o crescimento da criança deve ser acompanhado frequentemente.
Fonte: uptodate


